Plano de Ação contra Dengue, Zika e Chikungunya: o papel essencial da UPA na resposta às arboviroses.
- Pront
- 9 de mai.
- 3 min de leitura
Com a chegada das estações mais quentes e chuvosas, o aumento dos casos de Dengue, Zika e Chikungunya acende um alerta em toda a rede de saúde. Essas arboviroses, transmitidas principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, exigem atenção redobrada — e uma atuação rápida e coordenada para proteger vidas.

Compromisso: prevenção, monitoramento e resposta
O objetivo do plano é claro: definir estratégias eficazes para prevenir surtos, monitorar casos suspeitos e responder de forma rápida e organizada, garantindo o controle epidemiológico e o acolhimento necessário para cada paciente.
A UPA como ponto estratégico na linha de frente
Na rede de atendimento, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) tem um papel fundamental no combate às arboviroses. E isso começa desde o primeiro contato com o paciente:
A dose certa: equilíbrio é a chave
1. Triagem ágil e identificação precoce
A identificação rápida de sintomas compatíveis com arboviroses permite iniciar o protocolo certo o quanto antes, o que pode fazer toda a diferença na evolução do quadro clínico.
2. Classificação de risco e manejo clínico adequado
A equipe segue o Protocolo de Dengue, garantindo segurança no atendimento e evitando complicações graves e óbitos.
3. Fluxo assistencial bem definido
Casos mais graves são rapidamente estabilizados e encaminhados aos hospitais de referência, assegurando continuidade no cuidado.
4. Equipe capacitada e atualizada
Profissionais de saúde recebem capacitação contínua sobre os sinais de alerta, manejo clínico e atualizações nos protocolos. Informação salva vidas.
5. Monitoramento e notificação ativa
Todos os casos são devidamente notificados à Vigilância Epidemiológica, contribuindo para o controle da transmissão e a tomada de decisões estratégicas pelas autoridades de saúde.
Prevenção e contenção: todos têm um papel
O combate às arboviroses não depende só da assistência médica. A prevenção começa muito antes do paciente chegar à UPA:
Educação em saúde: orientamos a população sobre os sintomas, sinais de alerta e como se proteger.
Apoio ao combate ao vetor: trabalhamos lado a lado com agentes comunitários para eliminar possíveis criadouros do mosquito.
Capacidade ampliada de atendimento: nos preparamos para atender com agilidade durante períodos epidêmicos.
Uso consciente de recursos: mantemos o estoque de insumos e medicamentos essenciais, como o soro fisiológico, para garantir a continuidade dos atendimentos.
Trabalhando em conjunto com a gestão municipal e estadual
As UPAs não trabalham sozinhas. Elas atuam de forma integrada com secretarias municipais e estaduais, participando de campanhas educativas, estratégias de vacinação (quando disponíveis) e envio de relatórios que ajudam a mapear e conter os surtos disponíveis.
📢 Mensagens importantes para todos
Fique atento aos sintomas como febre alta, dor no corpo, manchas vermelhas na pele e cansaço extremo.
Caso apresente sinais de alerta, procure uma unidade de saúde o quanto antes.
Evite a automedicação. Alguns medicamentos podem agravar o quadro de dengue.
Elimine possíveis criadouros do mosquito em sua casa: água parada é o ambiente ideal para a reprodução do Aedes aegypti.
Convite à ação
Cuidar da saúde é um esforço conjunto. As equipes das UPAs estão preparadas para atender com agilidade e responsabilidade — mas o papel da população também é fundamental.
A prevenção começa em casa. A proteção vem com a informação. E o cuidado se fortalece com atitudes simples.
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📄 Artigo elaborado por:
Dr. Marcelo Cerdan Torres
CRM-SP 107950
Médico e sócio da Pront
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